quarta-feira, 30 de junho de 2010

O início


Era uma menina bonita, carinhosa, inteligente, que tinha um coração enorme. Ela amava de mais. Amava desenfreadamente. E não se preocuvava com as consequências. Ela ja sabia como era sofrer por amor. Ela ja sabia como era amar e não ser amada. Mas ela não se importava. Queria viver aquele momento, aquele novo amor. E um dia ela encontrou o amor dentro de outra pessoa também, Um amor tão parecido com o dela. Ela se identificou. E ele identificou o coração puro dela. E os dois viveram esse amor juntos. E isso era tudo na vida dela. Ela estava disposta a viver do lado dele para sempre. Ele casaria com ela e a amaria eternamente. Um dia o amor dela foi colocado à prova. Ele foi se afastando dela, mesmo querendo sempre estar ali. Porque para ele ali era o seu refúgio. Ele sentia o coração dela enfraquecer, o amor dela murchar. E tudo o que ele podia fazer era pedir para ela ter paciência. Era pedir para ela acreditar, que um dia tudo isso passaria. Mas ela não conseguia, sua fé estava fraca. E ela chorou. E pela primeira vez chorou por um sentimento de verdade. E então ela desistiu. E o abandonou. Jogou esse amor e essa história fora. E nessa noite eles choraram juntos e choveu muito. E as portas para o mundo se abriram para ela. E ela entrou. Estava ainda machucada, mas estava confiante. Ela errou muitas vezes, e esses erros foram fundamentais para ela poder aprender. Ela até amou de novo, algumas vezes. Mas não encontrou outro amor como o dele. E ela sabia que jamais encontraria. E o tempo passou. Ela cresceu, e ele se encontraram de novo. E eles se amaram de novo. E ela chorou de novo, mas pela primeira vez foi de alegria. E eles resolveram tentar de novo. Ele deu uma segunda chance para ela porque ele confiava nela, apesar de tudo. E ela prometeu não errar duas vezes. Então eles tentaram. Mas não demorou muito para ela perceber que ela já não era a mesma menininha com seu coração puro e cheio de amor. E para ela, ele continuava o mesmo. E isso não deu certo. Ela errou de novo. E jogou fora de novo. Mas dessa vez ela não chorou. Ela havia mudado! E uma menina meiga, sorridente, que amava mais do que qualquer outra coisa aprendeu que a vida não é só uma forma de amar. São incontáveis tipos de amor. E a primeira pessoa que ela deveria amar era à Deus. Depois que eu aprendi isso, minha vida tomou sentido.